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OS CIENTISTAS AFIRMAM QUE A BIODIVERSIDADE MEXICANA
É SEGURA
As preocupações existentes a respeito da polinização cruzada não
são fundamentadas
Contato: C.S. Prakash no telefone 334-444-7884 ou prakash@agbioworld.org
Auburn, AL, 19 de Dezembro de 2001 - Devido às afirmações
de terem sido achados genes de culturas geneticamente melhoradas em variedades
de milho cultivadas no México, cientistas de todo o mundo garantem que
a herança biológica do México é segura e que a biotecnologia, de fato,
haverá de preservar a biodiversidade e, de modo algum, poderá prejudicá-la.
Na opinião de C.S. Prakash, professor de genética vegetal da Universidade
Tuskegee e Presidente da Fundação AgBioWorld, "organizações interesseiras
exprimiram essas fracas alegações e promoveram uma campanha de histeria
para desprestigiar a biotecnologia moderna".
Grupos de ativistas afirmam estar preocupados pelo fato
de o fluxo de genes destruir a biodiversidade em variedades autóctones
de milho. Entretanto, o milho - em si próprio - é uma planta totalmente
não-natural, produto de milhares de anos de cruzamento seletivo feito
pelos agricultores. No México, os agricultores reproduzem suas variedades
através da cuidadosa seleção das sementes de um ano para o outro. Portanto,
quando um gene indesejável é transferido para uma planta determinada,
as suas sementes não serão utilizadas para o plantio da próxima safra
e serão eliminadas do estoque genético. Essa prática permite aos agricultores
mexicanos o plantio de variedades diferentes, uma vizinha da outra, sem
que ocorra polinização cruzada.
"Não existe base científica para acreditar que o out-crossing,
ou cruzamento entre espécies acidental, de culturas biotecnológicas possa
ameaçar a biodiversidade do milho", afirmou Luis Herrera-Estrella, conhecido
botânico e diretor do Centro para Pesquisas e Estudos Avançados (CINVESTAV)
em Irapuato, México. "O fluxo genético entre variedades comerciais e autóctones
é um processo que já tem uma década de antiguidade. Além do mais, não
existem motivos para supor que esses genes serão incorporados pelas espécies
autóctones se não forem selecionados pelos agricultores para melhorar
a produtividade", acrescentou Herrera-Estrella. "No fim das contas, isso
permitiria a melhora das variedades autóctones".
As acusações referidas à polinização cruzada não foram comprovadas
e foram questionadas pelos cientistas especializados na matéria. Mas isso
não foi impedimento para que o Congresso do México, a Greenpeace e outros
grupos de ativistas que se opõe à tecnologia, tenham solicitado a proibição
da importação de variedades biotecnológicas de milho. Essa medida de modo
algum contribui para proteger a biodiversidade. Pelo contrário, afetaria
a produção e o comércio agrícolas, prejudicando os agricultores mexicanos.
"A maior ameaça para o México não é o out-crossing de culturas biotecnológicas,
mas o ativismo que impede aos agricultores a adoção de práticas agrícolas
mais produtivas, disse o Dr. Prakash. "Esse é o único e verdadeiro prejuízo
decorrente dessas colocações".
Milhares de cientistas de todo o mundo - inclusive o prêmio
Nobel Dr. Norman Borlaug, que trabalhou no México nas últimas cinco décadas
- apoiaram a biotecnologia como um meio seguro e produtivo para contribuir
no aprimoramento da segurança alimentar, ao tempo que reduz o uso de defensivos
agrícolas e melhora a biodiversidade. Entretanto, o governo mexicano criou
um programa incumbido da verificação dos alegados e para determinar se
o cruzamento entre espécies acidental pode ser prejudicial. "Atualmente,
a medida mais responsável sería adiar a implementação de qualquer legislação
ou ação potencialmente prejudicial até uma análise completa e independente
ser realizada", concluiu dizendo o Dr. Prakash.
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